sábado, 8 de setembro de 2018












                           
                              Que nome darás à tua paixão por Purcell? Henry Purcell da Dido e Enéas? Terás tu a visto em tua estadia naquelas,  terras de tão comum nevoeiro? O que te restou da terra de Shakespeare? Tua paixão pelo bardo, continua o mesmo? Ainda segues os passos de Hamlet na escuridão? Inda ouves os gritos das feiticeiras no Macbeth, surgindo do fundo do teatro, andando e assustando a plateia? O bem e o mal é tudo igual, o Belo é feio, o feio é belo. Deus e o Diabo tudo igual.
                           - Oh, céus! quem são estas figuras disforme, dizei-me vós.
                           - Viva Macbeth, nós te saudamos, thane de Glamis, thane de Caudor, que será nosso rei!
                                 - Para longe, oradoras imperfeitas, não quero ouvir estas saudações proféticas?
                            - Gerarás reis, embora tu não seja, Viva Macbeth.
                                    - Sumiram, onde foram parar, querido Banquo?
                                    - No ar, tudo parecia tão corpóreo! Oh tivessem demorado mais um pouco.
                                   - Teriam estado aqui mesmo, ou comemos da raíz que aprisiona a razão?

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